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Aplicando Governança de Dados em uma ONG focada emCursos Universitários — Foco em Gestãode Documentação e Conteúdo, Segurança de Dados, Qualidade deDados

  • Luiz Henrique de Oliveira Bueno
  • 29 de set. de 2024
  • 3 min de leitura

Atualizado: 3 de out. de 2024

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A governança de dados requer a compreensão do escopo dos dados em uma organização. Os dados não são exclusivos de uma organização; às vezes, são exclusivos de um departamento ou outra subparte de uma organização. Como os dados são frequentemente vistos como um subproduto de processos operacionais, eles nem sempre são planejados além da necessidade imediata. Departamentos diferentes podem ter maneiras diferentes de representar o mesmo conceito. Como qualquer pessoa envolvida em um projeto de integração de dados ou gerenciamento de dados mestres pode testemunhar, diferenças sutis nas escolhas representacionais apresentam desafios no gerenciamento de dados em uma organização.


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A governança de dados foca na formalização e responsabilidade pela gestão de dados como um ativo organizacional valioso, com foco na minimização de redundâncias de dados, priorizando a qualidade dos dados e gerando resultados mais precisos para os tomadores de decisão.


O Brasil Cursinhos (BC) é uma organização sem fins lucrativos, de cunho socioeducacional, que tem como objetivo promover, desenvolver e integrar Cursos Universitários Populares em todo o território nacional.


Sua missão é representar e potencializar o Movimento dos Cursos Universitários Populares (MCUP) por meio da integração e desenvolvimento de lideranças para transformar a educação no Brasil, com a visão de promover uma educação superior plural, inclusiva e democrática para todos os brasileiros. Para isso, o BC prioriza a defesa e a difusão do Movimento, oferecendo apoio e parcerias para o desenvolvimento e consolidação dos cursos, além da realização de eventos e atividades para disseminar conhecimento e trocar experiências. Para que isso aconteça da melhor forma possível, o BC está estruturado em 10 áreas internas: Gestão de Pessoas, Relacionamento, Dados, Financeiro, Jurídico, Captação de Recursos e Marketing. Além disso, conta com as Coordenações de Programação, Eventos e Expansão de Rede. As responsabilidades dessas áreas estão listadas em 3 pilares presidenciais: Organizacional, Institucional e Organizacional/Institucional.


Atualmente, a BC conta com uma rede de 15 cursos afiliados, que juntos respondem por mais de 1200 universitários voluntários trabalhando e 3500 estudantes de baixa renda sendo impactados pela educação universitária popular. O trabalho na BC acontece remotamente e é voluntário e não remunerado. É estipulada uma dedicação de 6 a 8 horas semanais (dependendo das atividades e disponibilidade).


A falta de governança de dados na BC leva a problemas relacionados ao crescimento da organização, ganhos de produtividade, controles inadequados sobre o uso da informação, dados inconsistentes, baixa qualidade na coleta de dados, pouca visibilidade na tomada de decisões e alinhamentos estratégicos.


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Por isso, o presente trabalho tem como objetivo estruturar a governança de dados no BC, seguindo os conceitos do DAMA DMBOK [DMBOK2, 2017] como princípio norteador para as seguintes etapas:Criação de um comitê de dados com o objetivo de organizar os dados de forma única para atender a missão do Brasil Cursinhos;Identificar as áreas e os responsáveis ​​pelos indicadores utilizados na tomada de decisão;Destacar dados mestres e dados de referência;Listar os dados protegidos pela lei LGPD, destacando os dados sensíveis;Listar dados não estruturados e dados semiestruturados.Seguindo a missão e visão do BC, a gestão será priorizada [DMBOK2, 2017]:


Documentação e Gerenciamento de Conteúdo — planejar e projetar a implementação e o gerenciamento de dados não estruturados, ou seja, dados que estão fora de um banco de dados relacional. É importante que um plano seja definido para armazenar, proteger e acessar esses dados;


Gestão de Segurança de Dados — planejar e projetar uma estrutura capaz de garantir privacidade, confidencialidade e acesso adequado aos dados, com suporte da LGPD;

Gestão da Qualidade de Dados — planejar e projetar a higienização dos dados, proporcionando qualidade, para que esses dados possam gerar informações confiáveis ​​para embasar a tomada de decisões;


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Conclusão:

O texto aborda a importância da governança de dados em uma ONG voltada para cursos universitários, destacando a necessidade de mapeamento de componentes e funções de negócios para garantir a qualidade dos processos. Essa governança envolve aspectos como infraestrutura, segurança, conformidade e ferramentas ETL.

Seguindo o framework DAMA, foram identificados princípios de arquitetura de dados que ajudam a tornar a gestão de dados mais eficaz. A conscientização de todos os envolvidos sobre a importância da governança e os benefícios futuros é crucial para o sucesso da implementação. O apoio da alta gerência é destacado como um fator crítico, pois sua falta pode comprometer o comprometimento das partes envolvidas.

O estudo documenta as etapas iniciais da implementação e sugere que o modelo pode ser aprimorado com a aplicação de outras gestões do DAMA DMBOK e diferentes frameworks, abrindo novos horizontes para a governança de dados em cenários variados.




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